quarta-feira, 10 de junho de 2009

As escolas do nosso concelho

Como sabemos, a Escola Primária de Oliveira do Hospital está actualmente sobrelotada. Três turmas do 4º ano de escolaridade, estão neste momento a frequentar o ano escolar nas instalações da Escola Básica de Oliveira do Hospital (do Agrupamento Brás Garcia de Mascarenhas).

No sentido de obter algumas respostas relativamente a este assunto (bem como outros relativamente ao estado da educação no concelho), a Status Quo falou com a actual Vereadora da Cultura e da Educação da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Fátima Antunes.

Para a autarquia de Oliveira do Hospital, a educação está no topo das prioridades.

Segundo a vereadora, a CMOH tem investido bastante na educação, ajudando as escolas do concelho a nível de infra-estruturas e de materiais escolares, dando destaque às novas tecnologias. Recentemente, várias escolas foram sujeitas a pequenas requalificações, a fim de melhorar o espaço físico e as condições das mesmas.

A nível das novas tecnologias, a CMOH apoiou o secundário, com a aquisição de projectores e quadros interactivos, visto que este nível de ensino explora mais e melhor este tipo de materiais.

Já no plano de actividades, a vereadora refere o apoio dado aos PAA (Plano de Actividades Anual). Neste campo, a CMOH auxilia as escolas essencialmente a nível financeiro, cedendo 6€ por aluno. Para além desta cooperação (entre a CMOH e o agrupamento de escolas), existem ainda os já conhecidos escalões A e B, para alunos com menos recursos, que contempla todos os ciclos.

Quando interrogada relativamente ao estado das escolas do município, a nível global, a vereadora respondeu: “Não posso dizer que a situação seja boa”. Mais adiantou, que a situação é razoável.

Esta situação prende-se com o facto de algumas escolas estarem em bom estado, enquanto que outras se encontram em más condições. Ainda existe em Oliveira do Hospital, escolas a precisar urgentemente de uma intervenção.

Passando das más condições para os encerramentos, Fátima Antunes revelou que existe apenas uma escola candidata ao encerramento, o estabelecimento lectivo primário de Casal De Abade. Neste momento, esta escola apenas tem oito alunos, que esperam a decisão da DREC, para serem transferidos para um estabelecimento de ensino em Lourosa, que precisa de condições para os receber, e ainda não as tem.

Para além desta situação, não existe, neste momento, mais escolas em situações instáveis, ou que corram o risco de fechar.

No que diz respeito especificamente à Escola Primária de Oliveira do Hospital, a vereadora concorda que existem alunos a mais e salas a menos, mas não considera que a escola esteja com problemas.

O 4º ano de escolaridade funcionava antigamente em sistema de desdobramento de horários, ou seja, uma turma tinha as aulas no período de manha, enquanto que a outra as tinha no horário da tarde, dando a possibilidade de duas turmas ocuparem a mesma sala, ao longo do ano.

Como a actual Vereador da Educação não vê esta prática com bons olhos, então o desdobramento de horários já não existe (sendo que agora todas as turmas têm o horário convencional), o que fez com que houvessem problemas a nível de lotação, sendo agora impossível colocar todos os alunos do ensino primário, na Escola Primária OH e assim, as três turmas do 4º ano foram remetidas para a Escola EB 2\3 de Oliveira do Hospital.

Mesmo assim, Fátima Antunes, reitera: “a Escola Primária de Oliveira do Hospital não tem problema nenhum”.

Em conversa informal com alguns pais de alunos (do 4º ano) que se encontram a frequentar as aulas na Escola EB 2\3 OH, entendeu-se que as opiniões relativamente a este assunto não são unânimes, mas existe uma grande maioria que encara esta condição com “maus olhos”. Muitas acham-no de certa forma desmotivador para os alunos que se encontram no final de um ciclo.

Contudo, ao contrário da maioria, a Sra. Vereadora entende que “os alunos se integraram muito bem” e ainda reafirma que “o agrupamento considera que foi uma mais valia”, visto que estes alunos enfrentarão melhor a próxima etapa lectiva, o quinto ano: “quem vai notar a diferença são os outros alunos das escolas do agrupamento que vão para o quinto ano e não frequentaram já o espaço.

Fátima Antunes ainda acrescenta que com a inclusão das três turmas de quarto ano num novo espaço, deu para testar e observar que também nesta cidade resulta a mistura de vários ciclos no mesmo espaço.

Para além de toda esta situação, segundo a vereação, ainda existe necessidade de aliviar a pressão que existe na EB1. Para isso, estão a ser feitas obras de requalificação e alargamento na escola primária da cidade, desde o ano lectivo passado.

Para este efeito, a CMOH utilizou uma verba disponibilizada pelo QREN a fim de edificar 3novas salas de aula, e um polivalente, com cantina incluída, a fim de dar uma melhor resposta aos alunos que frequentem a EB1.

Com isto, a vereadora adiantou ainda que “o objectivo [da construção destas novas três salas] não é que os alunos do quarto ano deixem de ir [para a EB2\3] (…) [mas sim] desanuviar um bocado a pressão que se sente nas turmas”.

Em conclusão, Fátima Antunes expressou que o número de alunos na EB1 tem vindo a diminuir, fruto das várias requalificações noutras escolas do concelho, que permitiram que os alunos fiquem na escola da sua própria freguesia.

A actual vereadora vê o futuro da educação com boa cara, adiantando que as expectativas do executivo camarário são bastante positivas e que a CMOH continuará a investir nas novas tecnologias.

No futuro veremos…

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