A FICACOL era um evento realizado anualmente, em Oliveira do Hospital, no mês de Agosto. Esteve em actividade desde os anos 80 até 2001. Desde então, a conhecida Feira Industrial, Comercial, Agrícola e Cultural de Oliveira do Hospital deixou de se realizar.
O referido acontecimento era uma mais-valia, tanto para a cidade, como para o concelho em geral.
Era um evento que primava pela originalidade e que completava a agenda cultural do município.
A nível social, era conhecida por atrair turistas e visitantes de toda a parte, devido ao artesanato e gastronomia típicos da região. Era, de certa forma, o caminho mais prático e eficaz para promover o que de melhor se fazia no concelho.
Para além disto é importante não esquecer que a FICACOL contribuiu em larga escala para o desenvolvimento económico do concelho, assim como para o progresso do mesmo.
Só a camada empresarial presente no município era uma razão que justificava a efeméride. Através da feira as empresas divulgavam os seus serviços e produtos, tornando assim o seu negócio mais dinâmico e levando-o além fronteiras.
Com a extinção deste evento o concelho perdeu não só a nível económico mas também a nível cultural.
Hoje deparamo-nos com uma agenda cultural semi-preenchida e nada eclética. A FICACOL era um evento a caminhar no sentido oposto. Promovia que o concelho beneficiasse a nível social, económico e cultural.
Dado os benefícios e vantagens que a realização da feira garantia, passados 8 anos desde a última edição, continuamos a interrogar-nos pelo porquê da sua extinção.
O corredor de morte da feira começa em 2001. Foi suspensa nesse ano devido às obras no Parque do Mandanelho, local onde esta se realizava. O certo é que as obras foram dadas por concluídas e a FICACOL ficou dada como desaparecida.
O actual Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Mário Alves, ao ser interrogado sobre esta situação, disse singelamente: “a FICACOL faz parte do passado e nem sequer me vou pronunciar sobre isso”. É isto crível!? Claro está que não!
E espantem: “...Temos muitas e boas iniciativas no concelho”, afirmou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital numa reunião pública.
O que certo é que das “boas iniciativas” ainda não surgiu nenhuma que equivalesse ao extinto evento…
Hoje, com as obras do Parque do Mandanelho já concluídas, a utilização deste permanece limitada. O seu uso resume-se, pois, a eventos esporádicos e efémeros!
Com um aproveitamento tão frívolo de um espaço perfeitamente capaz de receber eventos de grande amplitude, fica no ar outra pergunta: Para quê tanto dinheiro gasto na requalificação de um espaço que cuja existência não é optimizada pela CMOH?
Como já foi referido, a FICACOL era, sem dúvida, uma mais-valia para o concelho. Complementava a agenda cultural, dava ao município a oportunidade de expor a sua imagem, através da imaginação, originalidade e singularidade do evento e desafiava positivamente a economia do concelho e de toda a região.
Por fim ficam, como sempre ficarão, algumas perguntas sem resposta. Ainda assim, num novo esforço de perceber melhor algumas questões, tentar-se-á contactar entidades responsáveis.
Resta-nos sugerir à CMOH um pouco mais de originalidade nos seus projectos futuros, não esquecendo que apenas é possível verificar evolução se a tradição estiver de mãos dadas com a inovação.
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